Terça-feira, 24 de abril de 2018 - 17h19
JARDIM
Com a alma devastada pela dor e os olhos rasos d’água, decidiu plantar um punhado das cinzas do amado, que guardara amorosamente em seu quarto numa caixinha de ouro. Sozinha na vida e na casa espaçosa, numa manhã ensolarada de domingo, dirigiu-se ao jardim, pequeno santuário de árvores frondosas, refúgio dos passarinhos que costumavam alegrar-lhes os dias com seu canto, e reduto verde das borboletas, as preferidas dele, que não se cansava de seguir-lhes os movimentos delicados a pousar aqui e acolá. Assim, ela escolheu o local ao pé de uma das árvores, cavou delicadamente com as próprias mãos e, ali, depositou as cinzas; enquanto misturava com a terra o que lhe restara dele, sussurrava-lhe palavras de amor e regava o solo com suas lágrimas. Transcorrido algum tempo, uma estranha folhagem brotara no local onde ficaram as cinzas; mais alguns dias e desabrocha, em meio aos pequenos ramos, uma flor que ela jamais vira: comovida, toma a flor entre os dedos e percebe que o formato e a cor das pétalas lembram-lhe os olhos dele, e, curiosamente, mesmo sob o sol, mantêm-se orvalhadas; pensa que podem ser as lágrimas dele que se misturaram às dela...
Brava gente brasileira/ Longe vá, temor servil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ Ou ficar a Pátria livre/ Ou morrer pelo Brasil/ !!!!
O tempo e eu (Arrancando Pétalas)
Ponho-me a pensar no tempo. No que o tempo fez comigo. Escrevo em primeira pessoa para não afirmar que todas as mulheres da minha geração guardam de
Senhor, neste Natal penso nas pessoas que estão passando por dramas pessoais, tentando seguir a vida, carregando a dor da perda de um filho, ou enfr
Noutro dia, entrei em um carro de aplicativo e este era conduzido por uma mulher; esta era articulada, falante e, ao longo do trajeto, mostrou-se si