Quarta-feira, 7 de junho de 2017 - 16h47
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho Filho, disse nesta terça-feira, 6, que o governo prepara a licitação de uma nova hidrelétrica na Amazônia. O projeto, que está em fase, de licenciamento ambiental, já teve seus estudos de viabilidade concluídos e, segundo o ministro, será licitado em 2018.
A hidrelétrica, batizada com o nome de “Tabajara”, seria construída na região norte de Rondônia, numa área próxima ao Estado do Amazonas. Com a barragem construída no Rio Machado, no município de Machadinho D’Oeste, a usina Tabajara geraria 400 megawatts de energia.
Local onde será instalada a hidrelétrica é uma das mais desmatadas da Amazônia Foto: Dida Sampaio/Estadão
A região de Machadinho é uma das áreas da Amazônia que mais sofrem com o desmatamento irregular e ocupações ilegais de terra. Os estudos técnicos entregues à Agência Nacional de Energia Elétrica preveem que a usina inunde uma área de 96 quilômetros quadrados da região.
O projeto, que já chegou a figurar na lista de empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está há anos no papel, mas não avança por conta de dificuldades de licenciamento ambiental.
O empreendimento é defendido pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que em março se tornou réu na Operação Lava Jato, quando a Segunda Turma do Supremo aceitou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A PGR acusa o senador de ter solicitado e recebido vantagem indevida de R$ 500 mil para a sua campanha ao Senado de 2010, oriundo do esquema de corrupção na Petrobrás, por meio de propina disfarçada de doações oficiais. A defesa do senador afirmou que “a versão acusatória está baseada apenas em delações fantasiosas, e será afastada ao longo da investigação”.
Nos últimos anos, Rondônia recebeu dois dos maiores empreendimentos hidrelétricos do País, as usinas de Jirau e Santo Antônio, erguidas nas águas do Rio Madeira. Santo Antônio está entre os empreendimentos citados pelos delatores da empreiteira Odebrecht como um dos principais projetos de infraestrutura que foram usados para pagamentos de propina, conforme revelações apuradas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
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