Quarta-feira, 28 de maio de 2014 - 11h07
GABRIEL NOVIS NEVES
De Cuiabá
Assisti pela televisão uma entrevista com o Coordenador Nacional do Movimento dos Sem Teto. Fiquei surpreso com o currículo do rapaz. Formado em filosofia e psicanálise. É professor. Abandonou sua profissão pra ser militante junto aos milhares de miseráveis sem abrigo: os sem casa, os que vivem em condições desumanas em quartos de cortiço superlotados e os que pagam aluguéis em abrigos incompatíveis com seus rendimentos.
Com uma boa bagagem cultural, logo Guilherme Boulus chegou à condição de líder nacional. Bem articulado, falando bem e fluentemente, sem machucar nosso idioma, está longe daquele biotipo que imaginávamos para comandar esse segmento da nossa sociedade.
Têm planos e metas com objetivos bem definidos para os moradores sem teto, que não se resumem em um quarto, mas em melhorias da qualidade de vida para os seus.
Deseja que seus filhos tenham as mesmas oportunidades dos filhos dos ricos. Acredita que o nosso modelo político chegou à exaustão e que novos caminhos deverão ser procurados fora do modelo atual, respeitando as leis e as instituições.
Os movimentos sociais têm propostas e soluções para os principais problemas que afligem uma grande parcela da população. No entanto, não são sequer ouvidos. Ou, se ouvidos, nenhuma iniciativa por parte do governo é observada para aliviar o sofrimento dos mais necessitados.
No caso específico dos “sem teto”, todo mundo sabe que o governo está envolvido com as grandes empreiteiras, construtores, proprietários de terras que, na sua imensa generosidade, são os grandes financiadores das campanhas políticas.
O Programa tipo “Minha Casa Minha Vida”, da Caixa Econômica Federal, longe de ajudar os sem teto, cada vez mais o marginaliza, pois os joga em terrenos “supervalorizados” nos cafundós do Judas, de propriedade de empresários que obtêm lucros fantásticos.
Aquela gente “assentada” sem saneamento básico, saúde, educação, creche, transporte, segurança e trabalho, acaba abandonando “esse paraíso” e volta para a periferia das cidades, perto do seu sustento. Precisamos urgentemente, não de trocar pessoas ou partidos no poder, mas de uma nova proposta democrática de governar com todos e para todos.
Enquanto essa injustiça não for corrigida o prognóstico desta nação não será dos mais tranquilos. Os conflitos sociais prometem recrudescer. O período dos jogos da Copa será a grande vitrine para o mundo saber como vivemos e, principalmente, como tratamos nossos pobres, crianças e idosos.
Há um medo generalizado neste país. O governo investirá para segurança durante a Copa cerca de dois bilhões de reais.
A rua não é mais do povo, e quando isso acontece é o caos. Está instalada a segregação entre ricos e pobres.
Diante de toda essa gravidade social, as elites políticas discutem alianças partidárias para as próximas eleições. Precisamos implantar um regime democrático para os tempos atuais respeitando os princípios republicanos com justiça social.
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