Sábado, 10 de dezembro de 2016 - 07h58
Por Carlos Sperança
A crise na segurança
Com a criminalidade tomando proporções alarmantes, Rondônia afora, e a crise provocada pelo embate entre o governador Confúcio Moura (PMDB) e a Polícia Civil, a Associação dos Delegados procurou a mediação do impasse junto ao presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB). A situação é grave e a necessidade de uma solução para o conflito é urgente dado aos reflexos nas delegacias.
De um lado temos o governo do Estado atingido pela crise econômica e a queda na arrecadação de tributos e as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. E com a necessidade de quitar duas folhas – o mês de dezembro e o décimo terceiro – Confúcio conta os trocados para não atrasar os compromissos com o funcionalismo.
Pelo seu turno, a Polícia Civil está desaparelhada, algumas delegacias até sem material de expediente ante a criminalidade que estourou no ano de 2016 e que promete piorar nos próximos meses sem algum plano estratégico – urgem investimentos maciços – não seja adotado com urgência. É uma sinuca de bico.
Frustração nacional
Mais uma vez o Supremo Tribunal Federal arrumou uma gambiarra jurídica, como ocorreu no impeachment da presidente Dilma Rousseff, resolvendo imbróglio pela metade. O PMDB, com a intervenção do presidente Michel Temer, e o PT, com a participação do senador Jorge Viana, salvaram a pele do senador Renan Calheiros (PMDB), intermediando acordo com o organismo federal para que Calheiros fosse mantido no cargo de presidente do Senado. Com mais este acordão, vemos um Supremo cada vez mais desmoralizado e distante dos clamores das ruas.
A frustração nacional aumentou com o ocorrido, mas a atitude tomada pelas raposas felpudas terá como consequência a volta da população às ruas e cada vez mais revoltada. Tal como a presidente Dilma no impeachment, e Cunha, que acabou na prisão, Renan com seu envolvimento na Operação Lava Jato, já está com os dias contados. A cassação do facínora é questão de tempo, e ele já logo verá o cadeião no retrovisor. Com tantos sobressaltos na política, pela falta de credibilidade do Congresso Nacional e do presidente Michel Temer, a economia resiste em apresentar bons resultados. A consequência é o desemprego nas alturas, a miséria voltando, saúde e educação afetadas, a criminalidade assolando o País.
Marketing eficiente
O prefeito eleito Hildon Chaves (PSDB) está adotando todos os cuidados para assumir o Palácio Tancredo Neves em condições de tocar uma boa administração. Projeta uma parceria com o governo do Estado e busca, de forma suprapartidária, recursos do Orçamento da União perante a bancada federal, enquanto costura também acordos locais. Até aí tudo bem, e ele inova ao já participar ativamente dos eventos municipais e estaduais antes de assumir a prefeitura.
No entanto, todos estes cuidados serão poucos para não ser crucificado pela população ainda no primeiro mês de mandato, se o seu marketing não começar a trabalhar desde já anunciando um plano emergencial e explicando o legado que será deixado, o momento difícil que está chegando com o inverno amazônico e a possibilidade de uma nova cheia do rio Madeira.
Sempre digo que o desgaste de um prefeito na capital começa com a divulgação do seu corpo de secretários (nunca é possível agradar todo mundo e os que ficam de fora viram oposição raivosa) e a temporada de chuvas que inunda os bairros mais baixos.
Uma revoada de petistas nos municípios de Rondônia e do Acre
Gigantes e anõesHá pouco, por orientação da bióloga Ednair Nascimento, da Unir, foi identificada por paleontólogos uma espécie de tartaruga gigante
O PT do presidente Lula tem grandes dificuldades nas eleições municipais
Acelerando contra o crimeSe picar é uma necessidade para as cobras e rugir é próprio das feras, resolver problemas é uma obrigação para os seres hu
Todos ganhandoA tradição milenar e a ciência se juntam na abordagem do fenômeno climático do Aru. Em algumas mitologias indígenas, Aru seria um ser
Lideranças governistas consideram que no quadro atual Mariana Carvalho ganha no primeiro turno
O óleo ou a onça?A Amazônia está diante de problemas, desafios e escolhas que requerem debate democrático – amplo, sem descartar nenhuma das forças