Frankenstein, o monstro que foi imortalizado na obra da inglesa Mary Shelley, escrita entre 1816 e 1817, e os “amigos” da Madeira-Mamoré, podem ter inspirado o pessoal que montou a Maria Fumaça que estará, a partir de hoje (13/12) no Novo Espaço Alternativo.
Mas, porque Frankenstein? É que os componentes da locomotiva vieram de várias sucatas: A caldeira estava no Km 10 da Estrada de Santo Antônio; o tender (equipamento que armazenava água e lenha), veio da vila do Abunã. O restante do quebra-cabeças foi adquirido no mercado local: chapas de aço galvanizadas, tubos de aço, chapas antiderrapantes para revestimento do piso e bronze para a confecção do apito. Haverá quem discordará da legitimidade do trem, que representará simbolicamente a extinta ferrovia.
Vamos ver quanto tempo a Maria Fumaça vai durar, pois a ação dos “amigos”, não aqueles da Madeira-Mamoré, mas os do alheio são rápidas e eficazes. Já depenaram as locomotivas que estão no complexo ferroviário e até agora ninguém – nem ladrão, nem receptador – foi preso.