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Meio Ambiente

Fazenda Futuro avança na produção de mudas de castanha


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Fazenda Futuro está localizada no setor penitenciário de Porto Velho

A Fazenda Futuro, projeto do Governo de Rondônia voltado à ressocialização de apenados, agregou às suas iniciativas o plantio de cacau, que terá apoio da Comissão Executiva de Lavoura Cacaueira (Ceplac), ao mesmo tempo em que a piscicultura começa a se consolidar. Em outra frente, os canteiros onde são produzidas mudas de castanha apresentam bons resultados e animam o coordenador Lourival Milhomem.

“Vamos fechar o ano com resultados muito bons”, disse Milhomem com otimismo ao governador Confúcio Moura, na manhã desta terça-feira (13).

Foi a terceira visita, nos últimos 10 meses, que Confúcio Moura fez à fazenda, que está localizada na região do complexo penitenciário, na Estrada da Penal. Para Milhomem, que trabalha há mais de uma década com a recuperação de apenados, isto significa muito. “Nós sonhamos em ver os apenados devidamente recuperados e inseridos na sociedade. E o governador sonha conosco”,  avaliou.

Na área de pouco mais de 300 hectares, onde a fazenda está instalada, há movimentação de pessoas trabalhando com culturas diferentes e na construção de viveiros. As máquinas são usadas no preparo da terra enquanto dura a estiagem. O ritmo frenético é típico de uma propriedade rural. A diferença é que ali a mão de obra é toda de apenados. Gente que cumpre sentença judicial de privação da liberdade aprendendo uma profissão e trabalhando para ter uma renda, ao mesmo tempo em que o número de dias de cárcere é reduzido.

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Governador e equipe técnica da Fazenda Futuro

Neste ambiente, o governador de Rondônia fez, como nas duas vezes anteriores, mais uma reunião de trabalho, com técnicos das Secretarias Estaduais de Justiça (Sejus) e da Agricultura (Seagri), além da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), ocasião em que ouviu relatos sobre os avanços do projeto e orientou providências que devem ser tomadas.

Uma das notícias transmitidas por Milhomem é a construção da sede administrativa da fazenda. As instalações estão 50% e vão abrigar, entre outras coisas, o almoxarifado, material utilizado no cotidiano dos operários. Ali também ficará o administrador e haverá local para que técnicos da Emater promovam reuniões para transmitir informações aos trabalhadores.

PIRARUCU

Para Milhomem, com a sede, a fazenda passa a existir fisicamente. Até aqui, há trabalho de campo em abundância, mas administrativamente, as providencias são tomadas sob um barracão aberto.

O governador foi informado que os tanques para a produção de pirarucu logo estarão prontos e poderão ser inaugurados em dezembro. Além do leite, mandioca, frutas, de boa produtividade, há avanços também no plantio de melancia, mamão papaia e goiaba. Mas, o mais promissor, é a geração de mudas de castanha, que se espalham pelos viveiros. A expectativa é de que logo sejam alcançadas as 1, 5 milhão de mudas, mas a meta do governador é chegar a 5 milhões. Para o coordenador do projeto, isto é perfeitamente possível e ele aponta as áreas da fazenda por onde as sementeiras serão espalhadas.

O cacau é uma realidade que está próxima de ser consolidada. Técnicos da Ceplac, o órgão responsável pela difusão de técnicas, estiveram na fazenda e deixaram articuladas algumas iniciativas promissoras. “Temos que fazer parcerias”, recomendou Confúcio Moura.

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Reeducandos trabalham com a manutenção das mudas de castanha do pará

Parceria é a palavra-chave para alavancar atividades na fazenda. Uma delas está garantida com a prefeitura de Porto Velho, que vai ceder maquinários para atividades diversas e, também, vai abrir 76 vagas para o trabalho de apenados.

Para os técnicos da Sejus, há uma realidade que precisa ser encarada: os apenados do regime semiaberto, que podem sair para trabalhar e retornar para as celas no período noturno, a atividade na fazenda não é tão atrativa como deveria ser.

Na Fazenda Futuro, cada apenado recebe um salário mínimo por mês e tem dias de pena reduzidos, conforme estabelecido na Lei de Execuções Penais. Mas boa parte destes apenados quer ir para a cidade e ficar perto da família. Para Milhomem, o trabalho deve ser oferecido aos presos do regime fechado, a quem o estado deve a oportunidade de recuperação.

Rondônia já é o estado que mais abre iniciativas para o trabalho de mão de obra apenada. Os técnicos da Sejus são questionados constantemente a respeito da forma como se chegou a estas conquistas. E o caminho são iniciativas como a Fazenda Futuro, que ainda tem muito a oferecer.


Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

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