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Em dois anos, Hospital de Base realizou mais de 180 transplantes de órgãos em Porto Velho



Neste 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos, Rondônia tem muito o que comemorar. Números da Central Estadual de Transplantes do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho, apontam uma média mensal em torno de um transplante renal e quatro transplantes de córneas. O último transplante de rim realizado no HB foi no dia 13 de agosto, e o mais recente de córnea aconteceu dia 8 deste mês.

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Atualmente existem cerca de 85 pacientes em fila de espera para transplante renal e cerca de 170 pacientes realizando exames para inclusão em fila

Segundo a coordenadora da Central de Transplantes, Suely Lima, desde 2014 – data de implantação dos serviços -, até este ano, foram realizados 186 transplantes, dos quais 150 de córnea e 36 de rim. Um número bastante expressivo e que mostra o avanço dos transplantes em Rondônia. A central trabalha com a expectativa de ampliação dos números em relação ao ano passado.

Suely destacou as campanhas de conscientização das famílias para aumentar o número de doadores e diminuir a fila de espera. Atualmente, existem cerca de 85 pacientes na fila de espera para transplante renal, e cerca de 170 pacientes realizando exames para inclusão em fila. Aguardando para transplante de córnea, a central possui 110 pacientes inscritos.

Testes de glicemia, aferição de pressão arterial e uma caminhada marcaram, no início do mês, no Espaço Alternativo, em Porto Velho, a abertura da campanha em comemoração ao Dia Nacional da Doação de Órgãos.

“Temos a equipe de doação de órgãos que chamamos de Organização para Procura de Órgãos (OPO) e a Comissão Intra Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que realizam a busca ativa a doadores de órgãos na capital e no interior do estado”, afirmou Suely Lima

De acordo com a coordenadora, a central conta com uma equipe de captação no estado que faz as cirurgias nas cidades de Porto Velho, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena. As cirurgias são realizadas no hospital que notificou e viabilizou o doador.

Suely Lima explica, ainda, que a captação de órgãos acontece apenas dos que estão amparados pela legislação brasileira. Os doadores em vida são cônjuge ou parente até quarto grau. O doador falecido é distribuído pela Central de Transplantes para aqueles receptores mais compatíveis, mais necessitados e mais antigos em fila, segundo o sistema de informação gerenciado por uma espécie de “banco nacional de órgãos”, regulamentado e gerido pelo Ministério da Saúde (MS).

Para se manter ativo em uma lista de espera são necessários o diagnóstico e a realização de exames, exigidos pelo Ministério da Saúde. São os mesmos exames pré-operatórios gerais e de risco cirúrgico, além daqueles imunológicos que são utilizados para avaliar compatibilidade e aqueles sorológicos para descartar infecções em atividade. Todos os exames são custeados pelo estado, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Apenas o Hospital de Base Ary Pinheiro é credenciado para realizar transplante renal, e só existe uma equipe de transplante renal no estado e duas de transplante de córnea, sendo uma do SUS e uma na rede privada.

PANORAMA NACIONAL

Os dados oficiais do Ministério da Saúde (MS) demonstram que entre janeiro a junho deste ano pelo menos 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos. Essas doações possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescem os procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea.

Nesse mesmo período, o Brasil alcançou a maior porcentagem de aceitação familiar, que foi de 58%, superando os demais países da América Latina.

No caso dos doadores efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população (pmp), superando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde em 2011, que segue os padrões internacionais. O País hoje possui a maior taxa de aceitação familiar para doação de órgãos da América Latina.

Em 2014, os dados mostravam que 58% das famílias brasileiras optaram por doar os órgãos dos seus familiares, enquanto que em 2013 o índice era de 56%. Esses percentuais são de 51% na Argentina e 47% no Uruguai e 48% no Chile. Atualmente, 95% dos procedimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o País referência mundial no campo dos transplantes e maior sistema público do mundo.

Qualquer pessoa pode doar órgãos, desde que concorde com a doação e que não prejudique a sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, e da medula óssea ou parte do pulmão. De acordo com a legislação, parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, somente com autorização judicial. Nos casos dos doadores falecidos, é preciso a constatação de morte encefálica, geralmente vítimas de dano cerebral irreversível, como traumatismo craniano ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), e é necessário o consentimento da família.

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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

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