Diretor da Eletrobras descarta ganho real para trabalhadores

Pauta salarial de 2015 está em discussão no TST.
Empregados protestam também contra venda de distribuidoras

Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia
 

O diretor de Administração da Eletrobras, Alexandre Aniz, afirmou nesta segunda-feira, 31 de agosto, que “não tem chance de ganho real [para os trabalhadores da empresa] diante da situação macroeconômica”. Aniz participa, no Tribunal Superior do Trabalho, da reunião de conciliação entre representantes da empresa e das federações e sindicatos de trabalhadores da estatal. O encontro esta sendo mediado pelo vice-presidente do TST, Ives Gandra Martins.

O diretor informou à Agência CanalEnergia que a proposta da Eletrobras está “em torno” da recomposição da inflação, o que  inclui a correção de benefícios como tíquete refeição e auxílio creche. Os eletricitários pedem a reposição da inflação dos últimos 12 meses, mais 2,47% de ganho real, o que dá um índice de correção salarial de 11,3%, segundo o diretor de Energia da Federação Nacional dos Urbanitários, Fernando Pereira. A pauta inclui o reajuste do valor dos benefícios.
 

Aniz garantiu que das sete distribuidoras do grupo Eletrobras apenas a Celg tem a privatização confirmada. “Todo o processo dela  já foi buscando a alienação”, disse. A previsão da Eletrobras é de que a concessionária seja vendida até o fim do ano, mas essa decisão ainda depende da renovação do contrato de concessão.
 

Além da campanha salarial de 2015, os servidores da Eletrobras também protestam contra a venda das distribuidoras do grupo. Eles iniciaram nesta segunda-feira um paralisação de 72 horas.