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Carlos Sperança

Com quase 13 milhões de reses, Rondônia paga o pato - Por Carlos Sperança


Pagando o pato

Frigoríficos do Paraná e de Goiás pisaram na bola, provocando a Operação Carne Fraca da Polícia Federal e os prejuízos e as conseqüências rapidamente se espalharam para todo País, e Rondônia, um estado emergente no segmento da exportação da carne e seus derivados também acabou pagando o pato. Quase toda a escala de abates em solo rondoniense foi reduzida nos últimos dias e a situação pode piorar com o aumento do desemprego na região.Com quase 13 milhões de reses, Rondônia paga o pato - Por Carlos Sperança - Gente de Opinião

Com quase 13 milhões de reses, Rondônia tem um dos maiores rebanhos de bovinos do país e se tornou no último ano um dos maiores exportadores de carne para Hong Kong, justamente um dos maiores importadores e que suspendeu unilateralmente todas as compras, alegando razões sanitárias.

A Operação Carne Fraca tem forte impacto na economia rondoniense. Afinal a carne bovina responde por boa parte do PIB local, representando emprego e renda e gerando baita carga de arrecadação com a coleta dos impostos. Recuperar o mercado na China, Japão e tantos outros países da Europa e da África é imperativo para o Brasil, que ainda não debelou a crise econômica herdada dos governos petistas.



Participação feminina

A reforma política deve trazer em seu bojo a proposta do relator Vicente Cândido (PT-SP) que a cada três candidatos a deputados no Congresso, um seja de mulher nas listas fechadas e pré-ordenadas de candidatos elaboradas pelos partidos. O novo sistema vai substituir o atual proporcional de deputados e a apresentação da proposta será dia 4 de abril.

Defendendo sua proposta o relator ressalta que mecanismos semelhantes foram implementados em países da America Latina, Europa, e África para resolver o problema da baixa participação feminina em parlamentos. Especialistas estrangeiros também têm defendido aumento de cotas para candidaturas femininas.

A grande verdade é que se não for imposta uma política de cotas, nada mudará no parlamento brasileiro. Foi citado o exemplo de Portugal com a política de cotas, que depois da implantação do sistema a participação feminina aumentou e hoje as mulheres representam 40 por cento das cadeiras do parlamento português.


“Dragueiros” expulsos

Só neste mês de março proprietários de 21 dragas de Porto Velho foram multados e expulsos das reservas do Rio Madeira e Juma, nos municípios amazonenses de Novo Aripuanã e Manicoré onde emporcalharam rios com mercúrio no garimpo de ouro. Agindo com rigor – o que não ocorre em Rondônia onde a fiscalização é mais frouxa - o Batalhão Ambiental da Policia Militar, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis-Ibama e o Instituto Ambiental do estado do Amazonas não deram mole para os garimpeiros.

De volta aos rios de Rondônia, especialmente ao Rio Madeira em Porto Velho, os “dragueiros” vão se acomodando onde podem depois da experiência frustrante no vizinho estado onde enfrentaram os rigores da lei na proteção do meio ambiente. Em Porto Velho, as dragas também operam em locais proibidos a noite, poluindo o manancial do Rio Madeira cujas águas abastecem a capital rondoniense.

É preciso que os batalhões ambientais atuem com mais rigor também em Rondônia, embora lutem também com a complacência das autoridades e dos políticos propinados.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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