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CHUTANDO O BALDE

CHUTANDO O BALDE - REPÚBLICA SINDICAL


CHUTANDO O BALDE - REPÚBLICA SINDICAL - Gente de Opinião

REPÚBLICA SINDICAL
 

Gente de Opinião

William Haverly Martins
 

Recentemente recebi, via Whatsapp, trecho de um comentário feito pelo ex-presidente da República, General João Batista de Oliveira Figueiredo, pouco antes de sancionar, pressionado, a Lei de Anistia: “Vou dar a eles a liberdade democrática que eles desejam, com a certeza de que eles vão sofrer de INDIGESTÃO DE TANTA DEMOCRACIA”. Presságio próprio de quem conhecia a vida política brasileira. Outro presidente da era militar, Mal Humberto de Alencar Castelo Branco, foi mais incisivo: “De nada adianta democracia se a maioria é composta por idiotas”.

A indigestão foi tão grande que hoje estamos vivendo a síndrome de dumping, aflitos, tendo que conviver com mais de 16 mil sindicatos, um formato fascista italiano, ultrapassado, que perdura desde o governo Vargas, mas que se deteriorou com o advento do PT ao governo federal. Tais organizações controlam grande parte da vida econômica do país, interferindo nas relações de trabalho e na economia, como o sindicato dos donos de postos de gasolina que controla, ditatorialmente, os preços dos combustíveis, enfrentando o governo com a prática de cartel.

No Brasil, a cada dois dias surge uma nova entidade sindical, todos de olho nos mais de R$ 2 bilhões de reais que o Governo Federal distribui anualmente aos sindicatos registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Dedução óbvia: abrir um sindicato de trabalhadores tornou-se um grande negócio, que poderá culminar em crise política sem precedentes, só resolvida a contento com intervenção militar, o uso da força. Sindicatos com sedes suntuosas e sindicalistas ostentando padrão de vida incompatível com os rendimentos declarados, é comum no Brasil.

Essa estrutura fisiológica, nociva e perigosa ao país, brota do nada, sem demonstrar qualquer capacidade técnica, mesmo assim manipula uma verba maior do que todo o dinheiro transferido anualmente pelo governo federal às prefeituras do Brasil e aos estados do Amapá e Roraima. Não é à toa que somos conhecidos como um paraíso sindical.

Para vocês terem uma ideia desse absurdo “democrático”, nos EUA, um país com uma massa trabalhadora maior do que a nossa, existem 5.426 sindicatos e alguns estados americanos já estudam a possibilidade de diminuição desse número, permitindo maior controle do poder sindical. No Reino Unido existem 168 sindicatos, na Dinamarca 164, na Argentina 91, na França e na Alemanha foram aprovadas várias reformas trabalhistas com o intuito de forçar uma fusão de organizações sindicais, a fim de minimizar a força das centrais trabalhistas nas relações de trabalho e na economia como um todo.

Embora acredite e defenda o aparente paradoxo das palavras proferidas por Winston Churchill na Câmara dos Comuns, em 11 de novembro de 1947: "A democracia é a pior forma de governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história”; não sei como não cogitar, projetar o endurecimento militar, em prol do retorno da ordem político/administrativa ao país, onde impera um STF comprometido, um Congresso apodrecido e um poder Executivo que, além de corrupto, não inspira a mínima confiança.

 A situação é grave e não vejo como a força política de nosso governo poderá gerenciar os sérios problemas econômicos, previdenciários e partidários, além de controlar, ou extinguir a máfia da indústria dos sindicatos, sem a intervenção do Exército Brasileiro. Não adianta acenar com a Constituição Brasileira porque o buraco é mais embaixo. Os sindicatos também são responsáveis por movimentos grevistas e por manifestações de rua, além de se agruparem em centrais sindicais, ligadas diretamente a partidos políticos, de diferentes correntes ideológicas.

Hoje existe sindicato de tudo, até de coveiros (imaginem uma greve de coveiros) e o que era para ser uma organização que reivindica e luta pelos direitos dos trabalhadores, virou uma “empresa comercial”, com força política coercitiva, manipuladora das verbas do MTE, onde o trabalhador é um mero detalhe, um amplificador dos slogans políticos gerados no interior das centrais trabalhistas.

Com o Brasil caindo na classificação do ranking de competitividade internacional em relação a flexibilidade do seu trabalho, o desemprego tende a aumentar drasticamente, o capital vai em busca de outras praças mais competitivas, e um dia, sem intervenção, a coisa pode explodir, piorando os níveis existenciais do povo brasileiro.

Antevejo uma nuvem verde solucionadora se apresentando no horizonte: em breve essa máfia poderá sentir, em vez de um braço forte e de uma mão amiga, o poder de um chute de coturno.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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