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Economia - Nacional

Brasil deve registrar mais saída de investimentos estrangeiros


Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil
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Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel disse que a saída de investimentos estrangeiros foi influenciada por uma operação no mercado financeiro, envolvendo bancos                             Elza Fiúza; /Agencia Brasil

O Brasil deve registrar este mês mais saída que entrada de investimentos diretos, recursos estrangeiros aplicados no setor produtivo da economia. De acordo com estimativa do Banco Central (BC), deve ser verificada saída líquida de US$ 700 milhões. Se confirmado, será o primeiro resultado negativo desde março de 1995, quando as saídas somaram US$ 24 milhões.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a saída de investimento estrangeiro foi influenciada por uma operação no mercado financeiro, envolvendo bancos. Nos dados preliminares deste mês até a última sexta-feira (22), a saldo negativo ficou em US$ 1,7 bilhão. Em junho, o investimento direto no Brasil chegou a US$ 3,917 bilhões e, nos seis meses do ano, somou US$ 33,816 bilhões.

Esse tipo de investimento é considerado o melhor para financiar o saldo negativo das contas externas por ser de longo prazo. Em junho, as contas externas fecharam com déficit de US$ 2,479 bilhões e, no primeiro semestre, o resultado negativo ficou em US$ 8,444 bilhões, bem menor do que os US$ 37,888 bilhões de igual período de 2015.

Projeção superada

O déficit de junho superou a projeção do BC de US$ 1 bilhão. Segundo Maciel, isso aconteceu porque a balança comercial, que integra as contas externas, teve desempenho inferior ao de meses anteriores.

Maciel acrescentou que os ajustes nas contas externas, com redução do déficit, são influenciados pelo dólar mais caro e também pela queda da atividade econômica. Esses fatores estimulam as exportações, inibem as importações, viagens ao exterior, reduzem remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outros efeitos.

Entretanto, Maciel destacou que o dólar já custou mais de R$ 4 no início do ano e agora a cotação está em patamar menor e, recentemente, há “sinais de estabilização” da atividade econômica.

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