Domingo, 25 de setembro de 2016 - 16h52
247 - Uma nova etapa da Operação Lava Jato vai ser deflagrada nesta semana que se inicia. A informação é do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que antecipou a ida da força tarefa às ruas ao lado do candidato tucano à Prefeitura de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, adversário político do ex-ministro petista Antonio Palocci. A curiosa declaração do ministro levanta dúvidas a respeito da real independência das instituições envolvidas na operação e um questionamento: a Lava Jato poderia estar sofrendo influência da Esplanada para interferir no resultado das eleições municipais?
Uma nova etapa da Operação Lava Jato vai ser deflagrada nesta semana que se inicia. A informação é do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que antecipou a ida da força tarefa às ruas ao lado do candidato tucano à Prefeitura de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, adversário político do ex-ministro petista Antonio Palocci. A curiosa declaração do ministro levanta dúvidas a respeito da real independência das instituições envolvidas na operação e um questionamento: a Lava Jato poderia estar sofrendo influência da Esplanada para interferir no resultado das eleições municipais?
"Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim", disse o ministro, segundo o broadcast da Agência Estado. Moraes disse mais: afirmou que a Lava Jato é uma "belíssima operação" e o prosseguimento das investigações, com "o apoio total à Polícia Federal", é um compromisso feito desde que assumiu o cargo.
Na semana passada, a mando do Juiz Sérgio Moro, a Lava Jato prendeu Guido Mantega num hospital onde a mulher do ex-ministro da Fazenda faria uma cirurgia contra um câncer. Horas depois, Moro revogou a prisão com a alegação de que o acusado não apresentava riscos ao prosseguimento das investigações.
Sobre o tema, Moraes rebateu acusações de que tenha havido exagero na prisão. Para o ministro, a PF atuou com discrição. "A prisão só foi revogada por um fato superveniente (posterior), desconhecido da polícia, Ministério Público e Judiciário, um fato humanitário, o que não leva a nenhum descrédito toda a operação e aquele momento da prisão".
Moraes disse que o governo não tem qualquer problema ou temor em relação às possíveis revelações que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) possa fazer em um livro prometido para antes do Natal sobre os bastidores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que levou Michel Temer (PMDB) a assumir o cargo.
"Governo não tem nenhum problema em relação a isso, é absolutamente tranquilo sobre a decisão tomada soberanamente da Câmara dos Deputados, um poder independente, e, assim como os demais brasileiros, todos vamos aguardar o livro", concluiu.
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