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Ações de eficiência energética em 2016 evitaram uma Jirau, diz Procel


 

Investimentos, por outro lado, somaram R$ 14,9 milhões, queda de 17,68%
em relação a 2015; previsão é que em 2017 sejam aplicados R$ 107 milhões


As ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) proporcionaram economia de 15,1 bilhões de kWh em 2016, o que equivale a 3,3% do consumo total de eletricidade do Brasil no período, segundo relatório divulgado pela Eletrobras na semana passada. Essa economia evitou a emissão de 1,238 milhão de toneladas de CO2 equivalentes, o que correspondente à quantidade liberada por 425 mil veículos durante um ano. As ações também contribuíram para redução de demanda de ponta de 8,4 milhões de kW.

A energia elétrica economizada no ano passado com as ações do Procel equivale a produção anual de uma hidrelétrica de 3.634 MW de capacidade instalada, potência semelhante a da usina de Jirau (RO-3.750 MW). A usina equivalente foi obtida a partir da energia economizada, considerando um fator de capacidade médio típico de 56% para hidrelétricas e incluindo 15% de perdas médias na transmissão e na distribuição.

O custo anual evitado, por conta dos resultados energéticos proporcionados pelas ações do Procel no ano, foi estimado em R$ 2,92 bilhões, considerando como base para o cálculo o Custo Marginal de Expansão de R$ 193/MWh, fixado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Por sua vez, os recursos financeiros aplicados no programa em 2016 totalizaram R$ 14,9 milhões, contra R$ 18,1 milhões em 2015, uma redução de 17,68%. Contudo, a economia de energia em 2016 foi 29,74% superior ao resultado do ano anterior. "Isso pode ser explicado pela melhoria na eficiência energética de equipamentos com Selo Procel, bem como pela aquisição e uso de equipamentos eficientes pela sociedade, além da continuidade do banimento das lâmpadas incandescentes do mercado nacional", escreveu a Eletrobras. Em 2014, os investimentos somaram R$ 21,18 milhões.

INVESTIMENTOS VOLTARÃO A CRESCER EM 2017

Desde 2012, com o fim da Reserva Global de Reversão (RGR) e a crise na Eletrobras, os recursos para o Procel secaram. Porém, com a publicação da lei 13.280/2016, o programa passou a contar com uma fonte de financiamento: uma parcela dos recursos arrecadados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das distribuidoras será destinada ao Procel.

Com isso, está previsto a aplicação de R$ 107 milhões em 2017 em ações para os segmentos educacional, industrial, de edificações e de iluminação pública, na gestão energética municipal e no saneamento ambiental, além de prever a realização de ações de marketing, divulgação de informações, desenvolvimento do Selo Procel de Economia de Energia e ações de caráter estruturante.

"O ano de 2016 representa um marco histórico para o programa, com a publicação da Lei nº 13.280/2016, por meio da qual uma parcela significativa de recursos foi destinada ao Procel. Esses recursos permitem que seja implementada uma gama de projetos de eficiência energética, alavancando este mercado, e ao mesmo tempo promovem a política de baixo carbono", escreveu a Eletrobras.

PAR

A lei prevê a criação do Plano de Aplicação de Recursos (PAR). Esse plano é sempre elaborado e aprovado, após processo de consulta pública, por representantes do governo e agentes do setor energético nacional, o que dá transparência e credibilidade aos investimentos que serão realizados.

No setor educacional, o PAR 2017 prevê um conjunto de medidas para que a informação e o conhecimento sobre energia e eficiência energética sejam acessíveis à população brasileira. Para o setor industrial, as ações previstas se estenderão desde as indústrias que usam intensamente insumos energéticos até as pequenas e microempresas, buscando o desenvolvimento da eficiência energética de instalações industriais e a estruturação do setor por meio de indicadores, redes laboratoriais, estudos e normas técnicas.

No âmbito público, está prevista a implantação de metodologias de gestão da iluminação nas prefeituras e o incentivo para adoção de práticas de consumo mais eficientes, por meio da atuação em rede e implementação de projetos de eficiência energética e hidráulica, além de melhorias nas metodologias de gestão energética nos três níveis do poder executivo.

O plano prevê, ainda, estimular a geração distribuída no setor comercial e acelerar a transformação do mercado de construção civil no país, assim como incrementar os aspectos de gestão e concessão do Selo Procel para equipamentos e edificações, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico brasileiro.​

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