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Lucio Albuquerque

A HORA DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO


 
Lúcio Albuquerque, repórter

Uma boa “sacada” deste início de administração do prefeito Hildon Chaves foi, sem qualquer dúvida, a criação de uma Agência de Desenvolvimento, responsável, em síntese, pela valorização do investimento já feito por empresários de diversos ramos em Porto Velho e, paralelo com isso, também pela atração de novos investidores capazes de gerar industrialização do setor primário local e, assim, aumentar a oferta de empregos, movimentar a renda e ajudar o município a se desenvolver.

A recente realização de um seminário no auditório da poderosa Fiesp, de onde, pelo visto, retornaram os expositores locais vibrando com resultados positivos que disseram ter sentido depois das palestras, pode ter sido uma boa oportunidade para “vender” Rondônia a quem queira vir conhecer e investir.

Nesse campo a inserção de Porto Velho como um centro com enorme potencial econômico no contexto estadual e para a Amazônia Ocidental é fundamental, haja vista além da disponibilidade de um rio navegável o ano todo, capaz de transportar cargas em direção ao Atlântico e mercados consumidores da região, há também que considerar a tendência de crescimento do setor agropecuário no município sede da capital estadual, capaz de gerar insumos em estágio ainda primário e ao qual, talvez sem muito esforço, possam ser agregados valores que, atualmente, são implementados em outros estados retornando a nossas prateleiras beneficiados porque nos falta uma estrutura de industrialização.

Está certo: a função da agência de Desenvolvimento não está na área de execução, sendo sua obrigação incentivar a atenção de quem quer empreender no município, daí que o projeto passa também pela compreensão e coragem de trabalhar de outros segmentos que compõem a administração municipal.

Neste campo é fundamental que a prefeitura se volte para o que o município precisa fazer, para resolver os problemas enfrentados por empresários que teimam em tentar produzir no Distrito Industrial da capital, um DI que necessita de ações sem apadrinhamentos ou interesses políticos, iniciando pela questão da titulação da terra, resolvendo assim uma situação absurda, em que por falta dessa documentação quem se instalou, ou pensa em se instalar ali, não possa conseguir financiamento para investir mais.

Localizado a menos de 16 KM do centro de Porto Velho, o Distrito Industrial já conta mais de 20 anos e, apesar da enorme importância que tem para o desenvolvimento da capital e para o próprio Estado, por pura falta de interesse político de gestores que se sucedem e fazem de conta que aquilo não existe, não é tratado pelo potencial que tem mas, sim, pela omissão e descompromisso com a realidade dos que têm a capacidade de fazer a coisa funcionar.

Recentemente empresários que atuam no Distrito reuniram por duas vezes com uma comissão de deputados estaduais, expuseram a situação e ouviram palavras de “conforto”, mas quem investe ali, alguns com mais de 10 anos numa autêntica “terra de ninguém”, precisa mais que tapinhas nas costas.

Aliás, para sermos sinceros, quem mais precisa ali somos nós mesmos, portovelhense, muitos de nós com enorme lastro de bons serviços prestados a esta terra mas que em razão do que se pode chamar de omissão gerencial, temos o dever de cobrar, de fazer com que o gestor, estadual ou municipal, deixe sua zona de conforto e faça sua obrigação para que o Distrito Industrial não continue sendo apena suma citação estatística mas, sim, um vetor do desenvolvimento e de oportunidades.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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