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'Delírios de um Cinemaníaco' será exibido hoje no CineOca


'Delírios de um Cinemaníaco' será exibido hoje no CineOca - Gente de Opinião

Depois de abrir a mostra dedicada a exibição de lançamentos nacionais em rede com uma coletânea de curtas da Mostra Filmes Livres (MFL), nesta quarta-feira dia 27, o CineOca terá hoje, quinta-feira, 28, às 19h, no Sesc, mais uma atração exibida em cineclubes de todo Brasil. Trata-se do filme Delírios de um Cinemaníaco, que faz parte de um esforço para levar a obra a todo território nacional por meio do circuito alternativo de cinema.

Com isso o CineOca, em Parceria com o Sesc, proporciona ao público de Porto Velho acesso a produções brasileiras de qualidade e que nem sempre tem a chance de ser mostrada em circuito comercial de cinema, além de valorizar as produções nacionais, com variados temas, visões de mundo, identidades, estéticas e estilos de nossos cineastas.

Quem compareceu ao Sesc ontem, comemorou a chance de ver produções premiadas, criativas e representativas de uma geração curiosa em experimentações e ousada na linguagem. Durante o debate o grande destaque foi o curta metragem E, que fala sobre a ocupação urbana por estacionamentos, com uma reflexão sobre memória e qualidade de vida. Os expectadores também comentaram bastante o filme o Pequeno Objeto A, uma produção instigante com cunho filosófico.

Além de Delírios de um Cinemaníaco, a ser exibido hoje a Mostra ainda conta com a exibição de Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro, que encerra a programação nesta sexta-feira, também Às 19 horas, no Sesc.

Amor ao Cinema

Segundo a sinopse, Delírios de um Cinemaníaco narra a biografia de José de Oliveira, cineasta amador e artista plástico da cidade de São Carlos, interior de São Paulo.

Popularmente conhecido como Zé Pintor, o cineasta desenvolveu um método singular e muito inventivo para produzir os seus filmes, baseado no improviso e no colaborativismo dos amigos e de simpatizantes do seu trabalho.

Ao longo de quase três décadas de trabalho – 50, 60 e 70 – José de Oliveira retratou o imaginário de São Carlos a partir das influências do cinema clássico de gênero, que dominou as salas de exibição brasileiras a partir da metade do século XX.

Com uma vasta produção de curtas e médias-metragens, José de Oliveira nunca conseguiu finalizar os seus filmes, devido às dificuldades técnicas e financeiras para realizar o processo de sonorização, feito em São Paulo.

Tal dificuldade implicou na paralisação de sua obra. Zé Pintor abandonou as atividades de cinema, se voltando para o ofício da pintura e da fotografia.

Por muitos anos, José de Oliveira caiu no esquecimento, se tornando um desconhecido para as novas gerações. No entanto, sua obra se manteve viva, e aos poucos, José foi sendo valorizado pelo seu trabalho e pela sua importância na história da cidade e do cinema amador paulista.

“Delírios de um Cinemaníaco” marca o seu retorno ao cinema. José de Oliveira escreveu o roteiro de sua autobiografia, em um processo de reinvenção de suas memórias, cristalizando os principais acontecimentos que constituíram a sua trajetória.

O filme percorre as passagens que o implulsionaram para a criação artística, como uma via para encarar a complexidade e as dificuldades da vida, recriando-a magicamente.

Acompanhamos a infância (quando desenvolve suas primeiras brincadeiras de cinema e conhece Edna, o seu primeiro e único amor), a adolescência (quando vive a perda de sua mãe e de Edna, e começa a trabalhar nas salas de exibição da cidade), a vida adulta (quando se profissionaliza nas salas de exibição, desenvolve suas habilidades artísticas de pintura e fotografia, e começa a fazer cinema) até a sua velhice (quando, em depressão, resolve retomar seu processo de criação, escrevendo a sua biografia).

É através do olhar e das percepções do personagem principal que o espectador terá contato com o mundo de José de Oliveira – os ambientes que frequentou e as pessoas com quem ele se relacionou.

Seja com olhos de melodrama, de terror, de aventura ou de comédia, será a partir do imaginário cinematográfico clássico que o espectador irá mergulhar nos delírios e nas fantasias pessoais das lembranças de José de Oliveira: um verdadeiro fluxo de pensamento em que passado, presente e futuro são relativos; o que interessa na memória são as verdadeiras emoções que atravessam o tempo, possibilitando a construção de novos sentidos para a vida.

“Delírios de um Cinemaníaco” é um testemunho da magia da arte na vida, no momento que as duas coisas se tornam uma só. Foi a partir do encadeamento dos acontecimentos da sua vida que Zé Pintor escolheu ser cineasta, ser artista.

José de Oliveira se inventou Zé Pintor, em uma relação imanente com as condições que a vida lhe apresentou.

Fonte: Simone Norberto

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