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Programa de Aquisição e Alimentos destina R$ 13 milhões para agricultores familiares em Rondônia


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Agricultura familiar se fortalece em Rondônia

A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regularização Fundiária de Rondônia (Seagri) atenderá 3.450 agricultores pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em Rondônia. Um considerável aumento de produtores rurais ligados à Agricultura Familiar – 756, pois no ano de 2014 foram atendidos 1.465 campesinos. Além de beneficiá-los, o programa beneficiará 742 instituições – entre escolas, creches e associações filantrópicas. O valor do investimento também aumentou, passando dos R$ 8 milhões (2014) para R$ 13 milhões (2015) em benefícios diretos, e mais R$ 9 milhões destinados a aquisição de caminhões, câmaras frigoríficas, entre outros equipamentos.

De acordo com Mary Teresinha Braganhol, secretária adjunta da Seagri, o governo do estado implantará 33 centrais de recebimento dos produtos agrícolas e agroindustrializados adquiridos pelo PAA. “Estas centrais terão instaladas as câmeras frias, além de freezers para acondicionamento dos produtos que exijam resfriamento; as balanças para pesagem no recebimento e distribuição dos produtos adquiridos. Cada central terá um caminhão para buscar os produtos no campo e trazê-los para a unidade”, esclareceu.

Segundo ela, as prefeituras já se mobilizam para disponibilizar os espaços para instalações dessas centrais. “É fundamental a parceria entre o estado e as prefeituras”, destacou Mary Braganhol.

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Mary Braganhol, secretária adjunta da Seagri

Atualmente, o encargo do recebimento e distribuição dos alimentos estão sob a responsabilidade da Emater, até que os armazéns entrem em funcionamento. “Tão logo as centrais entrem em funcionamento, os técnicos desta instituição retomam a função fim: prestar assistência técnica ao agricultor. Além disto, eles continuarão cadastrando o produtor para o atendimento do PAA”, disse a secretária.

Conforme a adjunta da Seagri,  “esse Programa não é uma novidade para o agricultor, pois existe há cerca de 20 anos, e a cada ano fica mais acessível ao produtor que, além de juros baixos para  investimentos, ainda é beneficiado com a compra garantida do governo, cujos preços pagos são os de mercado”, lembra.

Segundo Mary Braganhol, os agricultores possuem um cartão e, tão logo haja aprovação da compra pelo órgão fiscalizador, são liberados R$ 6,5 mil diretamente na conta dos produtores, pelas mercadorias vendidas ao PAA. Os produtos são os mais variados: verduras, hortaliças, temperos, ovos, leite, queijo, iogurte, peixes, aves, entre outros. Com a compra garantida, eles podem ampliar suas roças para atender outros clientes.

AGROINDUSTRIA

Leite e derivados, pescados e aves são produtos que, para entrarem no PAA, exigem a implantação de uma agroindústria. Nestes casos o governo também disponibiliza maquinário e equipamentos para os agricultores.

A secretária adjunta explica que o governo de Rondônia tem interesse em que o produtor comece também a beneficiar seus produtos, porque além de agregar valor, ele obtém uma renda maior. Exemplo citado por ela é com relação ao leite, pois quando o produtor o beneficia produz outros produtos, como queijo, manteiga e outros derivados, permitindo-o ampliar a margem de lucro e, em alguns casos, dobrando-a.

Pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) um pequeno criador de gado leiteiro, acostumado a entregar no mercado somente o leite in natura, pode adquirir financiamento para construção predial de uma agroindústria. Com relação aos equipamentos para o processamento do leite, há a possibilidade de o governo do estado adquiri-los e disponibilizá-los ao produtor pelo tempo que for necessário, por meio de comodato. A produção pode ser destinada ao PAA e também a outros setores. Em Rondônia, 742 entidades estão cadastradas e prontas para receberem os produtos adquiridos pelo programa.

Em Nova Dimensão, a família Pardinho é exemplo nesta área, pois trocou a produção de queijo que fazia no fundo do quintal  e decidiu pela implantação da agroindústria. O governo do estado disponibilizou dois  tanques de mil litros cada, um freezer, uma moldadeira  e uma seladora, em comodato. O negócio deu resultado e está com um ano de funcionamento. Hoje, os produtos são inspecionados e possuem o selo de qualidade, assim eles podem ser comercializados, além do distrito, nos municípios de Guajará-mirim, Nova Mamoré, Montenegro e Ariquemes.

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PAA atenderá aos extrativistas de castanhas

CASTANHA

Outra implementação prevista para melhorar a performance do fornecedor do PAA será destinada aos extrativistas. Por orientação do governo federal, o estado precisa destinar no mínimo 15% dos R$ 13 milhões aos extrativistas, quilombolas e aos indígenas. Como a castanha não pode ser adquirida in natura, já está sendo encaminhada para licitação a compra de algumas máquinas manuais para quebra da castanha. As máquinas serão destinadas aos grupos que trabalham com a extração de castanha.

Para ajudar este setor, técnicos da Seagri estiveram em Riberalta (Bolívia) e Rio Branco (AC), onde existem indústrias de beneficiamento da castanha. Segundo Mary Braganhol, os equipamentos utilizados nessas localidades são para grandes produções, o que não é o caso de Rondônia, pelo menos por enquanto.

Em Riberalta, a secretária disse ter ficado muito impressionada com o aproveitamento de 100% da amêndoa.  Antes de ser posto no autoclave, onde o produto passa por uma secagem, o pó, que em geral cobre as amêndoas, são separados para adubo; as cascas são utilizadas na alimentação de fogo para as caldeiras, inclusive na própria indústria.

“As amêndoas quebradas têm uma destinação diferentes das inteiras. O interessante é que os demais subprodutos também são exportados. Tudo é comercializado”,  disse Mary Braganhol.
 


Fonte
Texto: Alice Thomaz
Fotos: Ésio Mendes e Daiane Mendoça
Decom - Governo de Rondônia

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