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Economia - Nacional

Ouro está entre os ativos mais rentáveis, mas não é o melhor


Rui Pizarro (Agência O Globo) RIO - Aplicar em ouro pode ser uma boa alternativa de investimento mas, certamente, não é a melhor, nem a mais fácil e nem mesmo a mais prática. Por isso, e por outras desvantagens que apresenta, exige uma atenção redobrada do investidor. A rentabilidade é, sem dúvida, um dos motivos de atração e tentação. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a valorização nominal de quase 3,5% do metal foi a maior entre os investimentos, em julho. E, apesar da desvalorização verificada em agosto, já acumula alta de 11% em 2006 e de 34% nos últimos 12 meses. No exterior, o ouro também apresenta boa performance, depois dos recordes na década de 1970, durante a crise, quando a onça-troy (equivalente a 31,103 gramas) atingiu cerca de US$ 700 em Nova York. No momento, a cotaçao gira em torno de US$ 620. E, por ser cotado em dólar, a variação cambial do ouro é a primeira desvantagem da aplicação. Outra, é o custo inicial, já que o investidor necessita de, pelo menos, R$ 12,5 mil para adquirir um contrato de 250 gramas na BM&F. E, para os mais ansiosos, convém lembrar que o ouro também não rende juros mensais. Aplicar em ouro também exige disposição, tempo, paciência e, sobretudo, conhecimento. É necessário abrir uma conta em uma corretora e negociar a compra e venda através de operações na bolsa. O consultor financeiro Gustavo Cerbasi adverte, no entanto, que investir em ouro apenas por acreditar que a tendência vai se manter é uma imprudência. - É uma commodity que tem um preço, até certo ponto, manipulável. Atualmente, são poucas as empresas no mundo que exploram e vendem ouro. Portanto, essas empresas podem regular a oferta para o mercado, controlando preços - explica. Professor da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA/USP) e autor dos livros "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos" e "Dinheiro - Os Segredos de Quem Tem", Cerbasi destaca que o melhor investimento é sempre aquele com o qual a pessoa se sente mais à vontade para buscar informações e adquirir conhecimento naquele ativo. - Não tem outra forma de você investir em ações, a não ser se envolvendo com o mercado, por exemlo. Comece investindo num fundo de ações; depois, experimente comprar pequenas quantias de uma ou outra ação mais conhecida. Assim, com o tempo, você vai se envolvendo mais e melhor com o mercado - aconselha. - E com o ouro é a mesma coisa. Se a pessoa optar por esse investimento, deve acompanhar os mercados, os ourives, o preço do ouro; saber por que subiu e por que caiu. Eu acho que isso é o recomendável, porque o que dita o preço do ouro no mundo, como em outros produtos - como o petróleo, por exemplo -, é a oferta e a demanda - completa.

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