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Paulo Queiroz

Política em Três Tempos - Aos inimigos de Cassol só resta o tapetão



Pesquisas indicam que, para deter ascensão, aos inimigos de Cassol só resta o tapetão 
 

1 – CASSOL A PLANAR Política em Três Tempos - Aos inimigos de Cassol só resta o tapetão - Gente de Opinião

Divagações recentes da coluna à parte, se tudo ocorrer como indicam as circunstâncias, o campeão absoluto de votos das disputas eleitorais de outubro deverá ser mesmo o governador Ivo Cassol (PPS), auto-proclamado pré-candidato ao Senado. Na hipótese de que as eleições fossem hoje, pelos dados em circulação, ele seria capaz de sair da refrega com mais votos do que até mesmo o candidato a governador que chegasse em primeiro lugar – com ou sem segundo turno. Não é brincadeira. É o que indicam todas as sondagens de opinião pública encomendas em Rondônia pelos mais diferentes agentes (políticos, partidos e instituições várias) para os mais diversificados fins. 

De acordo com essas pesquisas, a popularidade de Cassol e a aprovação do seu governo estão pelas alturas, comparáveis aos índices oficiais atribuídos ao presidente Lula da Silva (PT) e à sua administração. Adversários de Cassol há que não escondem o desconforto com a eclosão dessas informações e tentam desqualificá-las, argumentando que tanto prestígio junto à população não teria razão de ser. 

Não bastasse o discurso tortuoso e o carisma discutível, o assustador prontuário - que inclui iminente cassação do mandato pelo TSE por compra de votos e a singularidade de ser o único governador com processo em andamento no STF por improbidade – o colocam frontalmente em rota de colisão com as exigências da moralidade coletiva afrontada pela proliferação de “fichas-sujas” na política e pelos inenarráveis e intermitentes escândalos administrativos - como o dos panetones brasilienses. 

Com reputação assim tão vulnerável, a celebridade de Cassol seria inexplicável. E, no entanto, o governador rondoniense paira sem parar. Um olhar menos sofisticado do que o de seus críticos, no entanto, não encontrará dificuldades para explicar os índices estratosféricos da popularidade de Cassol. Trabalho, trabalho e trabalho. É, sobretudo, como trabalhador dedicado, diligente e incansável que o dirigente se apresenta ao eleitorado. 

2 – DECISÃO DO ELEITOR 

Política em Três Tempos - Aos inimigos de Cassol só resta o tapetão - Gente de OpiniãoO que, em parte, é verdade, chega superdimensionado à população por intermédio de um eficiente sistema de divulgação e propaganda, do qual ele próprio é um dos mais hábeis e ativos agentes com seu peculiar e competente estilo de comunicação direta com o povão. Tendo como espinha dorsal de suas realizações a construção, reforma e preservação de estradas e pontes como o Estado jamais havia visto, notadamente o interior, e uma atenção especial aos setores produtivos (mormente ao primário), à administração Cassol também não faltam obras de grande apelo à monumentalidade, tais como o CTA, Hospital Regional de Cacoal, Teatro etc. – para ficar apenas nas que estão para ser inauguradas. Ou seja, não é a toa que o eleitorado rondoniense tende a fazer de Cassol um recordista de votos difícil de ser batido. 

E por que se disse aqui que, caso fosse se perguntar sobre o futuro desempenho de Cassol no cargo que ele pretende ocupar, o eleitor rondoniense tenderia a votar antes em postulantes mais tarimbados nessa função – como a senadora Fátima Cleide (PT) ou o senador Valdir Raupp (PMDB)? 

Eis que estamos acostumados a pensar que a política deveria ser racional. Compreendemos as paixões que a disputa costuma suscitar e relevamos certa taxa de demagogia inevitável nos candidatos. Mas tendemos a considerar, ao menos em tese, que, quanto mais reduzida for a influência de elementos irracionais na decisão final, melhor será a sua qualidade.

Partidos e programas de governo deveriam ter mais peso do que candidatos e promessas feitas a esmo. A decisão do eleitor deveria ser tomada após criteriosa comparação entre os programas, levando-se em conta as prioridades que cada um deles traduz e as condições de implantá-lo num contexto em que fica cada dia mais claro que os recursos são finitos e o Estado está sendo levado cada vez mais a assumir encargos com políticas públicas, mas sem vontade ou coragem para financiá-las nas grandes fortunas, depauperando as classes intermediárias. 


3 – RESTA O TAPETÃO 

Política em Três Tempos - Aos inimigos de Cassol só resta o tapetão - Gente de OpiniãoEssas noções decorrem da percepção – ainda de poucos, infelizmente - de que a razão é melhor guia do que a emoção. A própria existência da política, com todas as suas mazelas, é indicativo disso. Em vez de os conflitos serem resolvidos pela força, passam a ser mediados por lutas simbólicas, de acordo com regras preestabelecidas que todos os participantes em princípio se dispõem a respeitar. 

Nem é preciso dizer que essa política puramente conceitual tem valor efetivo para uma parcela influente, mas pequena, do eleitorado. A grande maioria não dispõe de tempo, inclinação e critérios para praticar os atos de discernimento que a racionalidade política prescreve. Torna-se presa fácil de apelos passionais, de lances de impacto, de promessas ilusórias.

Mas a maioria se move. Ou seja, não é impermeável à auto-educação que a experiência eleitoral produz. Episódios como “PC Farias” do governo Collor, as “privatarias” do reinado tucano e os “mensalões” da era Lula tiveram e estão tendo evidente efeito pedagógico. Isso não significa que a demagogia desaparece, mas que suas formas grosseiras são repelidas, dando lugar a manifestações mais elaboradas. A duras penas, a razão avança.

Acontece que a política não se presta às provas da ciência exata. Ou seja, é possível encontrar duas pessoas igualmente "esclarecidas" e que tenham seguido os mesmos procedimentos de análise racional para chegar a duas conclusões opostas. Mesmo dentro da suposta racionalidade política, resta espaço para opções que são, digamos, intuitivas, para não dizer irracionais. 

Razão pela qual se torna ainda mais nítida a impressão de que os resultados das pesquisas de que se falou tenderão a se reproduzir em forma de votos em outubro, inscrevendo de vez o governador Ivo Cassol entre os fenômenos eleitorais do Estado, da região e quiçá do país. Caso se pretenda impedir algo assim, resta apenas uma alternativa aos seus inimigos – tirá-lo de tempo no tapetão. O que não está fora de cogitação, como se procurará demonstrar depois. 

Fonte:  Paulo Queiroz - [email protected] 
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