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Gente de Opinião

Paulo Queiroz

Jornalista leva calote de campanha eleitoral e pede socorro à cidadania


 
Por cima de queda, coice!

Para tentar sair do buraco provocado por mais de um ano sem receber salários do jornal “O Estadão do Norte”, crise agravada pela ilusão do site como forma de recuperação rápida, aceitei coordenar o comitê de imprensa da campanha eleitoral de Confúcio Moura (PMDB) e, pelo jeito, levei outro calote.

Somando as partes que me deixaram de ser pagas no 1º turno da eleição com o nada que recebi pelo trabalho na segunda etapa do pleito, a coordenação da campanha peemedebista me deve R$ 18 mil.

Era com que contava para sanar parte da insolvência que começou com o problema do pessoal do “Estadão”.

Após mais de um ano tirando do cartão de crédito e de empréstimos consignados os salários que “O Estadão” não pagava, o bicho começou a pegar.

Achei que seria fácil sair da crise abrindo o site. Agravou. Entrei ainda mais no crédito consignado, troquei cheques na praça e apanhei feito um condenado até conseguir fazer a ferramenta operar. Achei que ficou bacana, mas a fila de credores cresceu.

Entrei na campanha do PMDB pelas mãos do senador Valdir Raupp. Ofereceu para fazer os textos dele mais do que a proposta que me havia sido feita pelo pessoal do PT.

Tinha um compromisso moral com os petistas. Mas este era ainda menor do que o que existia com o pessoal do partido ao qual sou filiado – o PSOL.

O trotar dos credores no meu encalço, no entanto, me obrigou a ficar a campanha inteira abrindo um sorriso amarelo sempre que não conseguia me esquivar de um encontro com uns e outros.

O palanque da aliança peemedebista foi operado por duas coordenações – uma para cada candidatura majoritária.

Não obstante os desencontros iniciais, a coordenação da campanha do senador Valdir Raupp pagou tudo - a mim e aos profissionais que levei até com inabitual antecipação.

Mas com a coordenação do candidato ao governo administrada pelo Assis Oliveira, o mesmo que agora comanda a transição, foi esse tormento em aberto.

Apesar de tudo, ofereci meus serviços para operar a comunicação no processo de transição.

Comecei a suspeitar que posso ter levado um calote quando os primeiros textos sobre a transição começaram a ser distribuídos.

E haja telefonemas para tentar receber o que me devem. Nem para me mandar aos quintos retornam.

Mas decidi que vou brigar. Trabalhei, quero receber o que ficou acertado. Os meus credores também. Só que estes exigem prá já! Ontem...

O pior é que ninguém acredita na minha história. Pudera!

Não bastasse o procedimento ser incongruente com a campanha vitoriosa, não consigo estabelecer prazos com quem devo, porquanto também não os tenho dos que me devem.

Razão pela qual estou sendo obrigado a esta providência extremada. Na pior das hipóteses, saberão que não lhes estou mentindo.

Não entrei na Justiça do Trabalho contra “O Estadão” porque a direção jamais deixou de me dar satisfações. Sempre se justificou pondo-me a par das dificuldades da empresa. Sem falar que amo a casa. Deixei de fazer a coluna porque precisei do tempo despendido para produzi-la.

Mas o Mário Neto já me chamou para conversar. Ainda não fui porque a abordagem se deu em meio à campanha e não havia, literalmente, tempo para fazer outra coisa, senão à campanha. Poucas vezes estive tão ocupado.

Vou, mais uma vez, incomodar os amigos advogados - os que sempre me socorreram na modalidade “pro bono” nas inúmeras ocasiões em que políticos me levaram às barras dos tribunais.

Mas enquanto essa questão se arrasta, preciso aplacar a fúria dos credores até para conseguir trabalhar.

Por isso, vou apelar e ver se dá certo, pelo menos em parte, uma idéia que foi relatada pelo jornalista Abdoral Cardoso, semana passada, no 4º Seminário Arquidiocesano de Comunicação.

Contou que o blogueiro Altino Machado, num momento desesperador, pediu ajuda aos leitores do blog indicando a conta bancária para doações.

Estou copiando a iniciativa numa circunstância não tão dramática e com uma diferença: primeiro não estou, como Altino, na iminência do desabastecimento doméstico, ou seja, ameaçado pelo fome; depois, aceito empréstimos com prazos em aberto.

O leitor que puder esperar e se dispuser é só identificar o eventual depósito por intermédio do e-mail do site ([email protected]). Depois confiro com o extrato e organizo uma contabilidade. Não tenho outra garantia a oferecer, senão a minha palavra: devolvo tudo assim que puder.

Mas quem preferir doar, não estou em condições de recusar. Os dados da minha conta são os que se seguem:

Banco do Brasil, Agência: 3181-X - Conta: 4051-7
Paulo Queiroz Bezerra

PS – O apelo à cidadania tem a ver com o sentido com que sempre exerci a minha profissão, colocando o interesse público como meta.

No entanto, não tenho certeza se isso está certo. Riscos de toda ordem e não consigo enxergar saídas menos patéticas. Nuanças cujos relatos implicariam complicações inescrutáveis impedem algumas que podem parecer óbvias e razoáveis.

Seja como for, também preciso de trabalho extra.

Além de saber um bocado sobre editoração de jornais, tenho boa experiência em assessoria de imprensa, faço análises de conjuntura aceitáveis, consultorias para políticos e entidades (sindicatos, ONGs etc.) e textos para quase todos os fins. Ademais, tem o site.

E não é preciso dizer do quanto agradeço aos que atenderem esse apelo. É isso.

Fonte: Paulo Queiroz


 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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